Companhia de Teatro da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco

Play Becket

Criação livre sobre textos de Samuel Beckett (Esperando Godot - Fim de partida - Dias felizes - Ato sem palavras).

O Grande Circo do Mundo de Beckett

O Teatro de Samuel Beckett é para muitos um drama fantástico. Uma peça rara, escura, fora da realidade, e por isso rotulada durante muito tempo de “teatro do absurdo”. Para outros a dramatização de um conteúdo onírico ou de uma vivência mágica. Na verdade Beckett descobre o circo como representação existencial. Seus “clowns” são personagens que não se entendem. E por isso damos risada. E por causa disso também poderíamos chorar (não esquecer que algumas crianças choram no Circo). Beckett parte de estes personagens do circo. Destrói sua diferenciação externa. Apaga sua maquiagem, Tira seu nariz de plástico. E os coloca em cena. Esperam. Se aborrecem. Brincam. Nos surpreendem. Damos risada, embora nossa risada seja falsa. O que aconteceu? É que nos descobrimos neles.

A Montagem

Parte de varios textos de Beckett, tendo como fio condutor “Esperando Godot”. Suas personagens pateticas e oniricas estão aí. No universo beckiano. É mais uma empreitada da Cia Arcadia de confrontar seu trabalho com o publico aceitando o desafio de estos textos atraentes e perturbadores, mas muito identificados ao ser humano que espera. “Eu estava dormindo enquanto os outros sofriam. Estarei dormindo agora?” Se pergunta um dos personagens de “Play Beckett”. E quantos dormem enquanto os outros sofrem?

Ei aqui a nossa montagem. Cheia de paixão e carinho. Ela só se completa com a presença do publico, a quem dedicamos o nosso trabalho.

Reynaldo Puebla
Diretor

Elenco:
Vinicius – Samanta – Katerine – Camila – Marc – Vanessa

Roteiro

PLAY BECKET adapt. De R. Puebla
Peça teatral - Cia Arcádia de Teatro

(Apito)
(São empurrados pela esquerda, caem, levantam, sacodem a poeira)
(Apito)
(Olham para a esquerda, correm c/ medo para a direita. Ficam juntos olhando)
(Apito)
(Entram como se levassem um chute, caem, levantam, sacodem a poeira.) (Apito)
(Esperam um chute que não chega. Buscam Godot. Se preparam para longa espera. Limpam e sentam)
(Começam a sentir fome, sentam, desce um frango. Levantam devagar e tentam alcançá-lo. O frango vai embora, ficam desapontados e sentam (menos Vini))
(Vinicius olha para a direita e começa a caminhar lentamente para essa direção como se tivesse visto algo no chão)
Camila- Eu estava dormindo enquanto os outros sofriam! Estarei dormindo agora? Amanhã, (começa a levantar) quando eu estiver pensando que acordei, que direi do dia de hoje? (caminha para junto de Vinicius) Que junto com Estragon, meu amigo, eu esperei todo o dia Godot.
Vinicius- Vamos embora!
Camila- Não podemos
Vinicius- Mas por quê?
(Todos se levantam)
Todos- Porque estamos esperando Godot!
Esperam.
Vinicius- Certo! (todos sentam menos Katerine)
Katerine- E se nos arrependêssemos?
(Marc se levanta)
Marc- De quê?
Katerine- Não seria preciso entrar em detalhes.
(Vanessa se levanta)
Vanessa- De termos nascido!
(Samantha se levanta)
Samantha- E se nos enforcássemos?
(Vinícius se levanta)
Vinicius- E se nos considerássemos felizes?
(Camila se levanta)
Camila- E se o mandássemos ao diabo?
Todos- Nos condenariam.
Vanessa- Vamos embora! (tenta puxar Katerine pelo braço)
Todos- Não podemos! (a seguram pelo outro braço)
Vanessa- Mas por quê?
Todos- Porque estamos esperando Godot!
Vanessa- Certo (solta o braço e todos caem)
Levantam, sacodem a poeira
Marc- Não estaremos (começa a caminhar para direita e todos andam atrás dele) em transe de significar alguma coisa?
Todos- Significar? Significar? Significar nós?
Caem numa gargalhada.
Marc- Era só uma coisa que eu estava pensando...
(Todos param de rir e pensam no que ele disse)
(Katerine anda para a esquerda e pára no centro do palco)
Katerine- Vamos embora!
Todos- Vamos!
(andam para junto dela e param numa posição como se decididos a ficar- Vanessa atrás de todos)
Vanessa- Estamos tendo uma noite linda!
(Todos se espalham pelo palco)
Vinícius- Inesquecível!
Katerine- E ainda nem começou.
Samantha- Parece que não...
Camila- Mas está começando!
Marc- É horrível!
(Todos caminham de volta para o centro, se juntando)
Vanessa- É pior do que estar no teatro!
Katerine- No circo. (mais forte)
Camila- No Music Hall. (ainda mais forte)
Katerine- No circo! (definitivo)
Samantha- Vamos embora!
Todos- Não podemos.
Samantha- Mas por quê?
Todos- Porque estamos esperando Godot!
Samantha- Certo!
Camila- Muito para agradecer. Nenhuma dor, raramente.
Marc- Fugazes alegrias...
Vinícius- Duradouros lamentos.
Samantha- Este parece ser outro dia feliz!
(Camila pega a orelha de Samantha e as duplas- Marc e Vanessa e- Katerine e Vinícius- começa a brigar)
(Param e sentam)
Katerine- Muito para agradecer. Nenhuma dor, raramente.
Vanessa- Fugazes alegrias...
Samantha- Duradouros lamentos.
Marc-Esse parece ser outro dia feliz!
(Marc começa a se coçar ferozmente, todos olham curiosos a certa distância)
Marc- Tenho uma pulga!
Vinícius e Vanessa- Uma pulga???
Samantha- Ainda tem pulgas?
Katerine- A menos que seja um carrapato...
Camila- Mas a partir dele pode-se reproduzir a humanidade!
Vinícius- Ah, mata logo essa pulga, pelo amor de Deus!
(Marc mata a pulga e todos acompanham seus movimentos com a cabeça. Depois que ele mata todos olham para o público)

Marc- Essa história de ladrões. Vocês se lembram?
Todos- Não (com dúvida)
Marc- Querem que eu volte a lhes contar?
Todos- Não! (definitivo)
Marc- Assim matamos o tempo (pausa). Havia dois ladrões que foram crucificados ao mesmo tempo em que o Salvador. Se... (é interrompido)
Todos- Quê? Ãah? Como? Quem?
Marc- O Salvador. Dois ladrões. Se diz que um foi salvo e o outro... (procura o contrário de salvo dizendo "o outro" três vezes) ...
Alguns- Condenado.
Marc- condenado.
Camila- Salvo de quê?
Vinícius- Do inferno.
Katerine- Eu vou! (não se mexe)
Marc- E no entanto (pausa) Como é possível que...? Não estou incomodando vocês?
Vanessa- Não te escuto.
Marc- como é possível que dos quatro evangelistas só um apresente os fatos dessa maneira? Ali estavam os quatro, no entanto... Quer dizer, não muito longe. E só um deles fala de um ladrão salvo. (pausa) Vamos, gente, uma vez ou outra têm que me dar bola.
Todos- Te escutamos.
Marc- Um dos quatro. Dos outros três, dois nem o mencionam. E o terceiro diz que os outros dois o injuriaram.
Todos- Quem? Como? O quê? Onde? Como?
Samantha- Injuriaram quem?
Marc- O Salvador.
Camila- Por quê?
Marc- Porque não lhes quis salvar.
Vinícius- Do inferno?
Katerine- Não homem. Da morte!
Vanessa- E então?
Marc- Então foram condenados os dois.
Camila- E depois?
Marc- Mas o outro diz que um deles foi salvo.
Samantha- E eu com isso? Não estão de acordo. Isso é tudo.
Marc- Estavam ali os quatro. E só um deles fala de um ladrão salvo. Porque acreditar nele mais que nos outros.
Vinícius- Quem acredita nele?
Marc- Todo mundo. Essa é a única versão que se conhece.
Katerine- As pessoas são tolas (Pausa- Vai caminhando para a lateral- olha bem longe, os outros o seguem com o olhar) É um lugar delicioso. (Olha para o público). Rostos felizes. Vamos embora.
Todos- Não podemos.
Katerine- Por quê?
Todos- Porque estamos esperando Godot.
Katerine- Certo!
Vinicius- Chega! Vou deixá-los. Tenho muito o quq fazer!
Samantha- Muito o que fazer?
Vinicius- É.
Camila- Eu queria saber: é o quê?
Vinicius- Fico olhando a parede.
Vanessa- A parede? A parede?
Samantha- E o que você vê na sua parede?
Todos- Humm.... humm...
Katerine- Corpos nus! (todos gargalham)
Vinicius- (pausa) Eu vejo minha luz morrendo...
Todos- Sua luz morrendo??? (todos gargalham)
Marc- Escutem só! Bom, ela pode morrer tão bem aqui como lá, a sua luz. Dê uma boa olhada na gente e vai descobrir novidades sobre ela, a sua luz.
Vinicius- Não deviam falar assim comigo. (começa a andar e sai de cena com Vanessa)
Marc- Desculpa. (com frieza)- (pausa)- (mais alto) Não ouviu? Desculpa!
Vanessa- Meu Deus, tenha piedade de mim!
Todos- E eu, o quê?
Samantha- De mim... de mim!
CENA DO POZZO

Katerine- Vocês estão seguros que é aqui?
Vinícius- O quê?
Katerine- Onde tem que esperar?
Vinícius- Ele disse na frente da árvore (olham para a árvore) Você vê outra?
Marc- O que deve ser eta árvore?
Camila- Um chorão.
Samantha- E onde estão as folhas?
Vanessa- Deve estar morto.
Katerine- Ou está fora de estação.
Samantha- Ou seja, um arbusto.
Vanessa- Uma arvorezinha.
Marc- Um... (pensando) Vocês querem insinuar que estamos no lugar errado?
Vinícius- Já teria que estar aqui.
Katerine - Ele não assegurou que viria.
Vanessa- E se não vem?
Marc- Voltaremos amanhã.
Camila- E depois de amanhã.
Samantha- É possível.
Vinicius- E assim sucessivamente.
Vanessa - Quer dizer...
Samantha- Até que ele venha!
Marc- Já estivemos aqui ontem.
Katerine- Ah não, você está enganado.
Vinicius- O que fizemos ontem?
Camila- O que fizemos ontem?
Vinicius- Sim.
Samantha- Poderia afirmar que (fica bravo) para semear a dúvida, ninguém como você.
Marc- Para meu entender, estivemos aqui ontem.
Katerine- O lugar te parece familiar?
Marc- Eu não falei isso.
Camila- E então?
Vinicius- Ah, isso não importa.
Vanessa- Você está seguro que era à noite?
Samantha- O quê?
Vanessa- Que teríamos que esperar.
Camila- Ele disse que no sábado (pausa) Acho.
Vinicius- Você acha?
Camila- Mas que sábado? E hoje... é sábado? Não será domingo? Ou
segunda? Ou sexta?
Katerine- Não é possível!
Camila- Ou quinta?
Vinicius- O que fazer?
Marc- Vamos embora..
Todos- Não podemos.
Marc- Por que?
Todos: Porque estamos esperando Godot!
Marc: Certo!

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Eu suponho que algumas pessoas talvez nos achem um pouco irreverentes. Mas eu não acho. (pausa) Como pode alguém melhor louvar o Todo- poderoso que dando risada com ele de suas próprias piadinhas, principalmente as mais pobres.

VINICIUS ENTRANDO LENTAMENTE - VANESSA DETRAS - CABEÇA ABAIXADA - CAMILA AVANÇA EM DIREÇÃO A V.

CAMILA - Você de novo? ( VINICIUS PARA - NÃO LEVANTA A
CABEÇA - CAMILA TENTA ABRAÇAR ELE) Vem que te dou um abraço
VINICIUS: Não me toca! Não me perguntem nada! (PAUSA) Fiquem comigo!
MARC: A gente deixou você alguma vez?
VINICIUS: Vocês me deixaram partir.
SAMANTA: Olha para mim! (V. NÃO SE MEXE) Eu falei para me olhar! (VIN. LEVANTA A CABEÇA SE OLHAM LONGAMENTE, RETROCEDEM E AVANÇAM E MEXENDO A CABEÇA COMO DIANTE DE UM OBJETO DE ARTE, E TREMENDO CADA VEZ MAIS AVANÇAM UM SOBRE O OUTRO E DE REPENTE SE ABRAÇAM E GOLPEAM AS COSTAS. TERMINA O ABRAÇO, VINI. FALTO DE APOIO ESTA A PONTO DE CAIR.)
VANESSA: Que dia!
KATERINE: Outro dia que nos tiramos das costas.
CAMILA: Ainda não!
VINICIUS: Para mim esta terminado, aconteça o que acontecer! (PAUSA).
VANESSA: Agora pouco escutei vocês cantarem.
SAMANTA: É verdade. Não me lembro.
CAMILA: Vocês não estavam e ao mesmo tempo estávamos felices. Não é
extranho?
VINICIUS: Extranho?
MARC: Tal vez não seja essa a palavra.
VANESSA: E agora?
CAMILA: (DEPOIS DE PENSAR) Agora....(FELIZ) Estão aqui novamente....(NEUTRO) Estamos aqui novamente.....(TRISTE) Estou aqui novamente.
KATERINE: Ate que enfim. Não falemos mais disso. Estão de volta e
estamos todos contentes.
VINICIUS: Contentes de que?
MARC: De estar juntos novamente.
VANESSA: Você acha?
CAMILA: Fala, mesmo que não seja verdade.
VINICIUS: O que tem que falar?
KATERINE: Fala: estou alegre.
VINICIUS: Estou alegre.
VANESSA: Estou alegre.
TODOS: (DESCOBRINDO A PALABRA) Estou alegre..(EM DIFERENTES TONS)
SAMANTE: Tudo bem estamos alegre. E agora que fazemos que estamos
todos alegres.
CAMILA: Esperamos Godot.

SAMANTA: Certo.

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CONTINUAÇÃO DA CENA DE POZZO


POZZO: O que vocês preferem? Que dance, que recite, que cante, que pense, que.....
KATI: Quem?
POZZO: Quem? Alguém de vocês sabe pensar?
CAMILA: Ele pensa?
POZZO: Perfeitamente. Em voz alta. Em fim, vocês querem que ele pense alguma coisa?
SAMANTA: Eu preferiria que ele dançasse. Seria mais divertido.
POZZO: Não é obrigatório.
SAMANTA: Não é verdade que seria mais divertido Marc.
MARC: Preferiria escutar ele pensar.
KATI: Tal vez pudesse ele dançar primeiro e pensar depois, se não seria pedir demais.
CAMILA: É possível?
POZZO: Lógico, não existe nada mais fácil. Essa é a ordem natural das coisas. (PEQUENA RISADA)
(SILENCIO)
POZZO: Você escutou?
KATI: Nunca ele se nega?
POZZO: Lhe vou explicar imediatamente. (A LUCKY) Dança estropício! (L. DEIXA CESTA E MALA. VAI MAIS PARA ADIANTE. VIRA-SE PARA POZZO. DANÇA. PARA)
CAMILA: Isso é tudo?
POZZO: Mais! (LUCKY REPETE OS MESMOS MOVIMENTOS E PARA SEU CHAPEU CAI. CAMILA PEGA)
KATI: Vamos porquinho meu. (IMITA OS MOVIMENTOS DE LUCKY)
MARC: Esta cansado.
POZZO: Numa outra época dançava farandola, a almeia, a branla, a giga, o fandango e até o hornipipe. Agora só faz isso. Vocês sabem como se chama?.
SAMANTA: A morte do foguista.
CAMILA: O câncer dos anciãos.
POZZO: A dança da rede.

SAMANTA: Não passa nada, ninguém vem, ninguém vai. È terrível!
MARC: (A POZO POR LUCKY) fale para ele pensar.
POZZO: Dê para ele seu chapéu.
CAMILA: Seu chapéu?
POZZO: Ele não consegue pensar sem seu chapéu.
CAMILA: Eu não vou dar o chapéu.
MARC: Eu vou dar para ele. (NÃO SE MEXE)
KATI: Que venha buscar ele.
SAMANTA: Eu vou dar para ele.
POZZO: Tem que por nele.
POZZO: Se afastem! (PUXA DA CORDA) Pensa porco! (LUCKY COMEÇA A DANÇAR) Para com isso. Para! (L. PARA) Chega mais perto. Ahi! (LUCKY PARA) Pensa! (PAUSA)
LUCKY: Por outra parte no que respeita a.......
POZZO: Para! (LUCK CALA) Atrás! Pensa!
LUCKY: considerando a existência, tal como sugerem as narrativas mais recentes dos trabalhos publicados por Poinson e Wattmann de um deus pessoal cuaracacuacuacua de barba branca cuacuacua fora do tempo do espaço e do alto de sua altiva apatia, sua divina atambia, sua divina afasia nos quer muito com algumas exceções não se sabe por que isso chegara e sofre tanto como a divina Miranda com aqueles que não se sabe por que a pesar do impulso da cultura física de pratica dos esportes tales tales tales tales o tenis
O futebol a corridas a pe e em bicicleta a equitação a aviação o tênis e o que é mais grave à luz das experiências de Steinweg e Petermann que no campo na montanha à beira do mar do fogo das pedras,.....das pedras tênis, o mar Conard...inacabados..
POZZO: Seu chapéu... (O GRUPO TIRA O CHAPEU DE LUCKY E ELE CAI) (GRANDE SILENCIO)
SAMANTA: Silencio!
MARC: Estou escutando alguma coisa.
POZZO: Onde?
SAMANTA: No coração.
POZZO: Merda então.
CAMILA: Tal vez tenha parado.
POZZO: Quem de vocês cheira mal?
(TODOS SE ACUSAM ENTRE)
TODOS: Ele tem mal hálito. Me doem os pés, etc etc
POZZO: vou deixalos.
KATI: Então adeus.
TODOS; Adeus, adeus adeus....(NINGUEM SE MEXE)
POZZO: E obrigado
MARC: Origado a você.
POZZO: Não a você
KATI: Não a você.
POZZO. Não a você.
CAMILA: NÃO a você.
POZZO: Não a você.
SAMANTA: NÃO A VOCE.

POZZO Não me decido a partir.
Camila: A vida é assim.
POZZO: Vou tomar impulso Fora do caminho todos. Mais rápido Mais rápido estropício, mais rápido porco.......

MARC: Nos fez passar o tempo.
SAMANTA: Tivesse passado igual.
CAMILA: Mas não tão rápido.
KATI: E agora o que fazemos.
MARC: Não sei.
SAMANTA> Vamos embora.
CAMILA: Não podemos
KATI> Por que?
S. M. C.: Por que estamos esperando Godot!
K: Certo!
Companhia de Teatro da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco